Formulações criadas pelas empresas do setor químico contribuem para a substituição de outros materiais em novas aplicações e ajudam a explicar o crescimento global da participação dos polímeros nos mercados médico-farmacêuticos. Os números confirmam essa tendência tanto no Brasil quanto no exterior. Dados do IBGE indicam que a produção nacional de produtos plásticos destinados a esse segmento alcançou, em 2024, R$ 26,1 bilhões, com um aumento de 5,2% em comparação a 2023, quando o setor movimentou R$ 24,8 bilhões.
O total do ano passado é composto por R$ 23,6 bilhões provenientes de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico, além de artigos ópticos. Os R$ 2,5 bilhões restantes referem-se a aparelhos eletromédicos, eletroterapêuticos e equipamentos de irradiação. A participação dos produtos fabricados no Brasil no consumo aparente do país (total da produção nacional mais as importações menos as exportações) foi de 35,8% em 2024.
Os números globais também são promissores. Segundo um estudo da Global Growth Insights (GGI), especializada em análises de mercado, a taxa de crescimento anual composta desse setor foi estimada em 2,91% para os próximos anos. O volume de negócios gerados pelo uso de polímeros em dispositivos médicos no ano passado foi de US$ 5,78 bilhões em todo o mundo e deve atingir US$ 5,95 bilhões em 2025. A previsão é que chegue a US$ 7,59 bilhões em 2033. A América do Norte detém 40% desse mercado, seguida pela Europa com 30% e pela Ásia-Pacífico com 25%. As demais regiões compartilham os 5% restantes.
