No dia 12 de junho, em São Paulo, ocorreu o seminário “70 Anos de PVC no Brasil”, promovido pelo Instituto Brasileiro do PVC em parceria com a revista “Plásticos em Revista”. O evento reuniu especialistas para discutir a evolução desse material e os desafios que se apresentam para o futuro.
Novos Rumos e Desafios Antonio Rodolfo Jr., diretor do Instituto Brasileiro do PVC e gerente de Engenharia de Aplicação da Braskem, subiu ao palco para apresentar o painel “Cadeia Produtiva do PVC Nacional: Desafios e Novas Perspectivas”. Acompanhado por Claudia Tsukamoto, assessora técnica sênior do Instituto Brasileiro do PVC, o foco da discussão permaneceu nos esforços contínuos da indústria para tornar o PVC mais sustentável.
Desde 2002, os fabricantes vêm buscando alternativas aos estabilizantes à base de chumbo, sob a liderança do Instituto Brasileiro do PVC. Embora os sais de chumbo utilizados no PVC sejam seguros e não migrem para outros materiais, a indústria optou por uma transição voluntária. O resultado é que o uso desse metal foi reduzido de 83% no início do século para apenas 2% em 2024, enquanto a mistura de cálcio/zinco saltou de 17% para 98% no mesmo período.
Rodolfo Jr. também mencionou uma recente investigação na Europa sobre os potenciais riscos à saúde e ao meio ambiente relacionados ao PVC e seus aditivos.
No contexto da sustentabilidade, Claudia destacou que os plastificantes vegetais já estão presentes em 60% das aplicações flexíveis de PVC. Esses fabricantes estão atendendo à demanda por produtos de origem não fóssil, e o Brasil está na vanguarda dessa tendência.
Por fim, a reciclagem foi abordada, considerando o longo ciclo de vida do PVC. A reciclagem avançada (ou química) permite o reaproveitamento dos compostos da resina, incluindo o cloro.